A música é uma forte arma de resistência e fortes são também os mecanismos da indústria para controlar e silenciar as vozes politizadas do Hip Hop. O processo de colonização repete-se através da asfixia ou distorção das mensagens de artistas com mensagens politizadas, ao mesmo tempo que produz e dissemina produtos que adormecem os comportamentos e adulteram os pilares de uma cultura.
Neste contexto, a mixtape aparece como a ferramenta ideal de resistência a esta indústria. Jared Ball, apresenta-nos o modelo colonial da música e a política de acesso à cultura ao mesmo tempo que revisita em modo sample vários intervenientes do movimento de resistência contra o colonialismo e a supremacia branca, tais como Amílcar Cabral, Frantz Fanon, Malcolm X ou Steve Biko, que homenageia com o título do livro, fazendo uma analogia aos artigos que compõem “I write what I like”.
I Mix What I Like, foi editado pela AK Press, uma editora anarquista obrigatória. Aqui fica o catálogo: www.akpress.org
E também a página de Jared Ball: imixwhatilike
Riotgurrrl
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